domingo, 12 de julho de 2015

O processo de escrita, os amigos de treino naquela época e a injeção de motivação de agora.

São 22:41 e eu estou bem cansado, nem terminei de assistir Sniper Americano com o Tony, ele foi dormir e eu vim aqui sacudir a poeira desse troço. Pois bem...




O Processo de Escrita:
Tem sido um pouco complicado vir aqui escrever algo relevante, visto que tem sites e blogs, etc. com quase tudo que precisava ser dito sobre parkour hoje. E era exatamente esse meu bloqueio pra voltar aqui.
Desde o retorno do blog tenho buscado algo sobre o que abordar, ultimamente tenho relido blogs antigos que me serviram de referencia até hoje, me atentando se deixaram passar algo que ainda pudesse ser falado ou refalado de uma nova perspectiva. E fui notando a inclinação que meus textos tinham dependendo do blog que eu estava acompanhando. Em épocas de SelfSoilWork, os textos simples relatando os treinos como um diário, em épocas de santigasparkour os relatos saiam mais gerais com uma reflexão em volta, em épocas de Duddupk, posts críticos e analíticos, lendo Sapoparkour e Vulneravel as abordagens eram mais filosóficas. Mas no geral os dois mais fortes eram o do Santi e do Beto.
E relendo os posts mais antigos do Santigas e do Beto fui notando percebendo esse reflexo, principalmente os do Beto por envolver também o taekwondo. E foi ai que a ficha caiu!

Hoje em dia leio sites com uma produção de texto de maior qualidade e até os referenciais antigos amadureceram. O blog do Beto e do Santigas agora tem uma escrita mais refinada e o assunto é mais relevante que: "Fui treinar e fiz isso.", Outros como Decimadomuro e PapodeHomem também com textos de maior qualidade e isso me trouxe a ideia de que ao voltar a escrever teria que ter uma produção maior, afinal, eu também amadureci.

Então comecei a catalogar ideias que poderiam ser abordadas como reflexão pessoal ou como uma informação útil para iniciantes e até destrinchei alguns textos, mas eu percebi que hoje em 2015 com tanto conteúdo ótimo rodando por ai em textos e principalmente em vídeos, o que tem faltado é a simplicidade, a simpatia, aquele conteúdo produzido por alguém que não sabe muito bem o que ta esperando mas ta produzindo com o que tem. E isso era o que mais me inspirava em 2008/9, ler textos de pessoas, e não de empresas, sites especializados no assunto etc. Talvez nós tenhamos sim atingido um nível profissional da coisa e o conteúdo de agora é a 'base absoluta', mas talvez nós estamos nos enganando e preferimos permanecer estagnados, porque nesse momento somos os "sabe-tudo", ou "sabe mais que a maioria" e é desconfortável aquela sensação de 4,5 anos atrás que você não sabia muita coisa e muitas vezes se passava por idiota.

A partir disso percebi que o melhor conteúdo é o do dia a dia, sentar pra escrever que as ideias vem. Nada de esperar o assunto apropriado, o momento perfeito, o texto de produção jornalistica.


Eai veeei, o que vc tem treinado ultimamente?
Outra coisa que tenho sentido falta é aquela pergunta que sempre rolava, com o brother mais próximo ou com aquele amigo que não treina junto a anos: "Eai, ta treinando o que?" , "Como estão sendo seus treinos?"

Sério, a galera parou de compartilhar as skils, os treinos secretos, aquela dica, aquele treino. (Ou é só comigo). Eu só tenho esse feedback dos mais próximos, quando estamos num treino e acontece aquele momento de reflexão.  Acho que essa vibe de compartilhar o treino pessoal com o amigo era uma tradição muito bonita e motivante aqui em Brasília, tem se perdido, mas espero que eu esteja errado.



Agora eu to pilhado

Esse mês eu dei uma olhada pra trás e vi que eu não tenho feito muito além de manter meu condicionamento. Treinos recentes indicam fraqueza e falta de consistência. Tenho me sentido mais cansado com essa vida de adulto rs, sério, eu amo o conteúdo da faculdade, mas odeio a faculdade.

Enfim, meus treinos demandam mais esforço e meu corpo sente mais dores atoa. Estou ficando velho!
Estive refletindo que isso é reflexo da minha vida agora, com trabalho, estudo e outros afazeres. Mas que dentro do parkour nos últimos 3 anos tenho me dedicado mais aos outros do que a mim. Treino sempre, mas não muito e é bem diferente agora, por ter passado tanto tempo envolvido com iniciantes meu treino não é mais tão puxado, meu corpo estabeleceu um limite pra que o meu treino pudesse ser acessível e adaptado por qualquer um e isso me quebrou. Treino muito com os iniciantes e quando o treino é mais hardcore eu sinto as dores dos iniciantes.

Por isso eu decidi me puxar e colocar meus limites lá em cima de novo. To pilhado e to voltando aos poucos ao condicionamento espartano. Mas tomando cuidado pra não ficar insensível como o Beto na época de ouro como ele descreve no Podkast 004 - Brutalidade. Haha.

Agora vai!






Um comentário:

  1. Parabéns Mestre Dan , só veio, entrou na cabeça e mão na caneta, BOA .

    ResponderExcluir