sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Parkour Podcast - O mais novo podcast de Parkour do Brasil - Piloto 001


Olá, é com grande orgulho que apresento a vocês meu mais novo projeto, um podcast de parkour. Se você me acompanha sabe o quanto sou fã do KONG (Antigo e verdadeiro Podkast com K) podcast do Decimadomuro. Tomando esse como inspiração trago a vocês o novo podcast de parkour brasileiro!

Esse é o Episódio piloto ainda em fase de experimentação mas feito com muito amor e dedicação.

O assunto da vez foi o texto: 5 Formas Simples de como aproveitar melhor o seu tempo para evoluir. Se você ainda não leu corre lá e da uma lida no texto completo e confere ai a minha opinião , da Tabita e dos passarinhos sobre essas dicas e mais algumas. Aproveita pra deixar a sua.



Pra comentar você não paga nada! Isso mesmo, é de graça.
Então fique a vontade para criticar, elogiar e sugerir melhorias, assuntos que gostariam de ouvir/ler por aqui. E fique ligado pra não perder os próximos!


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Você pode fazer o download rápido e fácil pra ouvir no seu celular e/ou ipod.



Gostou? Compartilha com os parceiros de treino pra todo mundo evoluir junto!



#ficadica


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mantenha o Espirito vivo!


Ontem tivemos um treino nostálgico aqui no pico do cachorro.

Um treino que pra mim tem um significado precioso, que lembra de todas minhas conquistas internas e os marcos da minha evolução. Mas pra alguns foi apenas um treino pesado, chato e desnecessário.

Essas falas ecoam sempre que estou treinando em grupo, mas nem todos ouvem esses gritos, nem todos tem esse espirito.

- "Vocês não podem ficar ai parados. Quem está sentado está desrespeitando os que estão em pé e treinando além de nos desrespeitar também. Eu e o Laurent também sentimos a sede que vocês estão agora, também sofremos com o sol e estamos cansados. Mas continuamos por conta do grupo. Não podemos deixar a energia cair. Precisamos alimentá-la. Isso serve não só para o preparo físico mas para o espírito também."

- "Todos nós estamos passando pelo mesmo treino, estamos embaixo do mesmo sol e fazendo os mesmos exercícios. Eu também estou com sede, também sinto dores, acredite, mas eu estou suportando porque nós transmitimos energia um ao outro dessa forma. Se um amigo não está dando conta todos nós o apoiamos e ele conseguirá. Mas se deixo ele desistir logo eu também irei desistir. Então Começamos juntos e terminamos juntos. Se você não está conseguindo fazer, não vá tomar água, não fique sentado, fique ao nosso lado, nó dê força, sofra com agente mesmo que não faça o exercício!"

- "Começamos Juntos, terminamos juntos!"
                                                                                            [Chau Belle - Yamakasi]



Eu creio que se isso não é real dentro de você, essa vontade de se superar e sair da sua zona de conforto para ir um pouco além do que gosta ou do que consegue, é provável que você irá desistir sempre que as coisas apertarem. Por não acreditar o suficiente em você e não ter a disciplina necessária pra trabalhar duro mesmo sem vontade, mesmo quando está desconfortável.

A vida é difícil pra quem busca evoluir, mudar, melhorar. Mudar exige esforço e poucos querem suar a camisa e se acomodam.
Se você não condiciona seu corpo e sua mente a enfrentar mudanças e superar desafios, se você não se condiciona a viver o desconfortável e se adaptar, então você não tem muitas chances de se dar bem aqui na terra. E se dar bem não é simplesmente ter dinheiro ou bens, isso é fácil de conseguir. Se dar bem é ter satisfação em qualquer coisa que almeje fazer, é ter prazer em trilhar o caminho, e não chorar o caminho todo almejando a recompensa no final.

Sonhar grande e sonhar pequeno dão o mesmo trabalho, mas realizar é o setor onde se saparam os meninos dos ratos.

Aqui um pouco desses momentos nostálgicos:

Meu relato do 5º Encontro Mineiro de Parkour. Set/2011
http://daniloars.blogspot.com.br/2011/10/5-encontro-mineiro-treino-com-os.html

Vídeo do Evento
https://www.youtube.com/watch?v=4n-oVDmCsrE

Vídeo da viagem com a visão Movimente (Grupo do qual eu fazia parte na época).
https://www.youtube.com/watch?v=v_ywwSP2Bvg&feature=feedu



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Jump Virus Parkour Entrevista Tabita Wegergann



Tabita pra quem não sabe é minha companheira de treinos e projetos, parceira e apoiadora em tudo que almejo fazer. Muito crítica, mas muito dedicada em tudo que se propõe. E foi a escolhida da vez pela Jump Vírus Parkour para um bate papo, se liga ai.



"A Jump anda entrevistando praticantes de parkour, para que possamos saber a opinião de outras pessoas sobre a a nossa prática e de que como podemos podemos sempre evoluir , e até mesmo ver histórias parecidas com as nossas ,Bom galera a entrevista dessa semana é com a Tábita Wegermann, moradora do DF ela nos contou sobre sua jornada no parkour e de como conheceu a prática!!! É bem curtinha , mas vale a pena ler !!"

Nome: Tábita
Idade: 22
Tempo de treino: 3 anos
Não integra nenhum grupo 
Origem: Brasília DF
Ocupação: Estudante 

Malu: Como conheceu o Parkour ? E quando ele se tornou mais que uma palavra pra você?
Tabita: Conheci o parkour no filme B13 (13º Distrito), nem lembro o ano, e só descobri que não era feito no computador e com cabos de segurança em 2012, ai comecei a seguir a galera que treina e entendi o que era.


Malu: Por ser mulher enfrentou alguma limitação física, preconceito ?
Tabita:Preconceito não, mas limitação física com certeza. Rolava muito de treinar cinco vezes mais que um monte de garotos para fazer a mesma coisa que eles e com menor desempenho.


Malu: O que te motiva a continua treinando ? Já penso em desistir?
Tabita: O parkour me motiva... e eu também. Haha. Gosto de me superar, de evoluir... Nunca pensei em parar, penso em treinar mais, e levar mais a sério. Agora, desistir não, não tenho coragem para desistir de treinar.


Malu: O você pode dizer sobre o parkour filosoficamente que somou a sua vida?
Tabita: Nada, o parkour defende muitas ideias das quais apoio, mas não me trouxe um jeito novo de pensar.


Malu: Pode dizer alguma delas?
Tabita: Ah, se capacitar para poder ser útil aos outros, superar meus medos, se superar, aprender a esperar... é, esses são alguns.





Confere ai um vídeo da Tabita.

https://www.youtube.com/watch?v=MMQUaKcEu6w

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Jump Virus Parkour Entrevista Danilo Reis


Jump Virus Parkour é uma equipe de Campinas - SP. Essa semana tive o prazer de participar de uma entrevista com a Malu Zaparoli, integrante do Grupo.
Confere ai: 
_________________
Quem acompanha a JUMP já deve ter ouvido , sobre o blog do Danilo Reis, pois é, para conhecer mais um pouquinho e pra galera que acompanha o blog, sobre a visão dele sobre o Parkour e de que como sair da sua zona de conforto pode te levar a caminhos inesperados e super positivos!!!
Nome :Danilo Reis 
Nome de guerra ou apelido: Não tenho apelido, Danilindo talvez hahahaha

Profissão:Professor Estagiário de E.F
e Professor de Parkour.

Tempo de Treino: Treino desde 2008, isso da o que? 7 anos? sei la.. kkk

Origem: Riacho Fundo 2 - Brasília DF


Projeto ou Grupo que participa:
Deixei o cargo de Vice-presidente da Associação de parkour do DF no final do ano passado, mas tenho ajudado eles com eventos, aulas etc.
No momento estou dando aulas pela Parkour Generations Brasil e fazendo os TPMs (Treino para Meninas) uma vez ao mês. E estudando e planejando coisas mais pra frente.


Malu: Como conheceu o Parkour ? E quando ele se tornou mais que uma palavra pra você?
Danilo: Assisti B13 em 2006, mas só fui saber que aquilo era parkour no final de 2007. E enfim comecei a praticar no inicio de 2008 fevereiro/ março. 
Aquilo na primeira semana já era algo em que eu queria me dedicar pra vida, eu estudava tudo que achava sobre o assunto, passava horas lendo e vendo os vídeos que os caras que eram referência no Brasil na época recomendavam e ficava lendo as discussões no orkut etc. 
Em menos de um ano eu sabia que precisava viver o parkour e não somente praticar. E assim foi..

Malu: Quando foi que decidiu sair da sua zona de conforto de ser apenas um atleta para ser um

incentivador e professor ?
Danilo: kkkk essa é boa
Então, quando comecei tinha mais 2, quase 4 amigos comigo. E eu como já havia pesquisado muito antes mesmo de começar, acabava ajudando eles e explicando como funcionavam as coisas. Repassava o que aprendia nos blogs, orkut e videos. 

Daí eles pararam e conheci os praticantes aqui de Brasília e fazíamos treinos juntos que cada um guiava um dia, e no final de 2010 foi quando me juntei a mais 3 praticantes aqui do Riacho Fundo 2 (Viny, Tony e Thiago). Formamos o Adapts Parkour e vimos a necessidade de guiar treinos (Ensinar o que já sabíamos) para quem fosse começar. 

Abrimos a turma e ela ta ativa até hoje, com rodizio de alunos sempre mas nunca vazia. Então sempre me vi um pouco mais estudado que meus companheiros e sempre com sede de aprender mais de quem treinava a mais tempo. E repassava tudo que aprendia em todos os treinos.



Malu: Quais são os valores que um Tracer tem que ter?
Danilo: Bom, em primeiro lugar Humildade, podemos ver na linha do tempo do parkour que o ego gerou muita briga besta. 
Respeito. Com seu próprio corpo, com o outro e com o ambiente. 
Altruísmo, estar pronto a ajudar o próximo, não querer as coisas so pra si. 
Auto-controle, tem que saber se controlar em qualquer situação, seja no parkour ou na vida. E adiciono aqui a resiliência. 
Força de Vontade/determinação. Não desistir, ir em frente. São vários, mas acho que esses são essenciais.

Malu: Ate onde quer chegar com o pakour?
Danilo: Eu não quero me limitar. Posso responder essa ai daqui uns 50 anos? kkkkkk

Malu: perfeito kkkk



Segue o link da pagina no facebook da Jump Virus Parkour com a entrevista.

Agradeço a Malu Zaparoli pela oportunidade.



O que você achou? Concorda? Discorda? 

Quer acrescentar alguma pergunta?

Comenta ai.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O que te faz feliz?



"O que te faz feliz?
Você ainda quer o que um dia quis?
Você ainda é o que um dia foi?
Já teve a chance de ser? Ou quis deixar pra depois?"


Quando iniciamos algo sonhamos alto, metas muitas vezes impossíveis de se realizarem. Aquele objetivo nos mantém acesos e firmes durante algum tempo só que ao longo da jornada, com tantas preocupações e pequenas conquistas, é comum perdemos o foco no objetivo maior, no alvo principal, e as vezes esquecemos ou desistimos desse grande sonho por nos contentarmos com a certeza das conquistas menores e rotineiras, ou por acreditar que aquilo realmente é impossível pra nós.

Então nós ouvimos alguma história motivacional ou alguma cena que nos inspira e nos faz lembrar do futuro que queríamos. Alguns se lamentam e usam todas as desculpas possíveis do porque não conseguiram, outros usam essa faísca pra incendiar as ideias e correr atrás do tempo perdido.

Você agora, super inspirado, a mente bombando novas ideias, vê que aquela meta impossível já não parece tão distante.

O que tudo isso tem a ver com o vídeo? Isso foi só um dia que parei pra refletir e alinhar o que eu queria a 7 anos e o que eu quero hoje. Poderia ter feito mais nesse tempo, mas ainda não sai do caminho. Agora que meus sonhos estão mais pertos eu posso me empenhar mais para alcançá-los.

"Crescendo, de volta às ruas
Cumpri meu tempo, aproveitei minhas chances
Percorri um longo caminho, agora estou de volta
Só um homem e sua vontade de sobreviver
Muitas vezes, acontece tão rápido
Você troca sua paixão por glória
Não deixe de lado seus sonhos do passado
Você deve lutar para mantê-los vivos..."    

Suvivor - Eyes of the Tiger


                 "Muitas coisas me fazem feliz, uma delas chegará daqui um mês! Vem Caleb, pode vir!"



https://www.youtube.com/watch?v=c9lNTeS-QUQ







Mas e você? O que te faz feliz? Qual seu sonho, objetivo, meta? Uma grande viajem, um negócio próprio, adquirir algum bem material (casa, carro, skate?), conquistar títulos e prêmios, ser reconhecido, Mudar o Mundo...
Já está fazendo algo para torna-lo real?
COMPARTILHE CONOSCO.


sábado, 12 de setembro de 2015

Volta o Cão arrependido


... com suas orelhas tão fartas, o seu osso roido e o rabo entre as patas.

Quinta-feira fiz três aulas de Karatê seguidas e na sexta eu ministrei as três aulas no Centro Olímpico onde eu trabalho, aprendi três, quase quatro katas. Foi cansativo.

Desde o início do ano no meu estágio,  fico em função de dar auxílio e suporte ao professor de Karatê, Mestre Martins.

Faço o aquecimento com os alunos e, em alguns dias, acompanho a aula ao lado deles dando dicas e corrigindo erros (Eu nunca fiz karatê, apenas repasso o que aprendi durante esse tempo ao lado do Mestre).

Não sei qual influência isso teve na minha decisão, mas no mês passado decidi dar continuidade a minha jornada nas artes marciais. O primeiro passo seria voltar a treinar taekwondo, o qual sou graduado 3ºGub (Faixa Azul com ponteira vermelha). Em seguida procurar locais que já ouvi falar que teriam aulas de Judô ou Jiu-Jitsu de graça, ou por um preço camarada, e me dar a oportunidade de conhecer um pouco mais de Karatê no meu trabalho e quem sabe visitando o Dojo do Mestre.



O COMEÇO

Sempre fui fã de artes marciais, desde criança me empolgava ver as séries e filmes clássicos de luta, Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Samurai Jack, Karatê Kid, Os 3 ninjas, os filmes do Jack Chan e Bruce Lee, Van Damme, Matrix, etc.

Por volta dos 8, 9 anos participei de um projeto social em que passávamos a tarde fazendo atividades e esportes, estre eles taekwondo e judô. Treinei por um período curto de tempo e não me graduei nessa época.

Bastante tempo depois, aos 16 anos, fui convidado por um colega da escola a praticar taekwondo, fui ao dojo e para minha surpresa eu ja havia treinado com esse professor no antigo projeto, só que lá ele ainda era faixa azul e agora estava diante de um Faixa Preta 4ºdan, Mestre Willian Marques. Durante os primeiros treinos ver ele e outros colegas que treinei a muito tempo atrás me traziam lembranças nostálgicas, que talvez tenham me motivado e me feito permanecer treinando por cerca de três anos.



A SAÍDA




Tive vários descontentamentos durante todo esse tempo e algumas coisas foram me fazendo perder o ânimo. Algumas simples como chegar tarde da escola, porém eu contornava isso levando o material do tkd na mochila, lanchando no ônibus e indo direto para o treino. Mas outros fatores pesaram mais, um deles foi a mudança de foco dos treino.

O estilo praticado era WTF o taekwondo como esporte de competição, mas tínhamos momentos em que a cultura e a tradição era trazida para os treinos, taekwondo como arte marcial, era ótimo. Mas houve um período em que só se falava em competições, rivalidade, conquistas de títulos, ganhar pontos e etc. Este pensamento competitivo,  em busca de medalhas ou de status,  pode parecer normal e motivador, mas para mim,  mesmo antes do parkour,  isso já parecia errado e irrelevante. Talvez por isso o parkour tenha me atraído, e isso mantinha um clima desagradável onde era raro ajudar o outro ou dar dicas de luta porque se você tivesse alguma técnica ou estratégia eficaz era mais conveniente guarda-la pra você, que estaria em vantagem. Mas isso não é de total culpa do treino, vejo como uma falha de caráter de alguns praticantes isolados. 

Aos poucos a arte marcial foi se tornando esporte de competição e eu não sou contra, mas não era e nem é o que eu buscava e o que eu busco. Já competi, e até gosto, mas a competição pra mim é o meio, uma forma de aprender e testar o conhecimento, e não o objetivo final.

Outro fator era que eu via a falta de maturidade, disciplina e comprometimento com os colegas e com o treino. Pessoas que, do meu ponto de vista, avaliando os aspectos condicionamento físico, técnica e disciplina, não estariam aptos a estarem na mesma graduação que eu ou até acima. O treino não precisa ser militar, sério, tirando a liberdade, diversão e a interação, mas o ponto chave dos esportes - na teoria - e mais ainda das artes marciais deve ser a disciplina e respeito e isso deve ser preservado.

Essa falta de compromisso de alguns me fazia pensar que eu não estava me encaixando ali, também não condizia com o que eu buscava/busco.

- eu vejo isso no parkour e se você conhece algumas pessoas e treina a algum tempo, também percebe essa falta de compromisso, respeito e disciplina no meio. Talvez até seja você o praticante meia boca, que só fica na zona de conforto ou não faz nada em prol da pratica em geral. Ou é da nova geração rebelde, que ta se lixando pra tudo que já foi dito e construído antes de você chegar. Mas o parkour 'ainda' é aberto pra você se expressar da sua maneira e você não pode muda-lo ou repreende-lo por isso, mas pode escolher treinar com quem pensa diferente ou não, e cada um faz o seu estando juntos ou separados, sem levar como ofensa. [quem dera fosse assim] -

Por fim, acabei dando um tempo e pretendia voltar no meio do ano. Mas não voltei.



O RECOMEÇO




Recomeçar não é fácil e eu não estou com tempo sobrando, nem sei se vai dar certo, ou por quanto tempo vai durar esse estimulo, mas vou me lançar nesse desafio e ver até onde eu chego.

Quando escolhi voltar, eu decidi que não entraria do zero e reaprenderia tudo que preciso até minha graduação. Queria chegar com pelo menos 50% do que eu precisava.
Comecei tirando o dobok (roupa usada no tkd, semelhante ao kimono) do fundo do guarda roupa. Então baixei vídeos de apresentações dos poomsems (como o katá do Karatê), e fiquei treinando em casa da faixa branca até a azul com ponta vermelha. E também alguns steps, chutes e socos.

Além de passar o aquecimento para os alunos de Karaté do Centro Olímpico, passei a fazer algumas aulas como aluno pra me habituar as técnicas, steps, e bases (que são bem semelhantes) e veja só, até ganhei um kimono do Mestre =D. Redirecionei meu treino de parkour de modo que também favorecesse minha adaptação.

Parecia uma criança com o brinquedo novo, todo empolgado. Comecei a organizar meu tempo pra encaixar essa nova atividade na rotina e sabia que isso poderia virar um empecilho para outras atividades como estudar, treinar parkour e até descansar, então precisava me manter sempre alerta pra saber dosar a quantidade e intensidade certa de treinos. 

Então continuarei postando sobre essa velha nova experiência mesclado com o parkour.


E deixo aqui um desafio pra você:

Sabe aquela atividade que você abandonou ou nunca começou a praticar mas sempre teve vontade?

Comece! Ou Recomece!

Faça algo diferente esse 2º Semestre do ano.

Treinar slackline, calistenia, tricks talvez. Artes marciais, natação, crossfit, balé, escalada, etc. O que você tem vontade de aprender ou voltar a praticar, se lance esse ano, não deixe pro ano que vem. Comece pequeno, mas comece agora.




Comente ai em baixo o que você abandonou ou quer começar a fazer. E se ja deu o primeiro passo pra tornar seu sonho possível, deixe ai uma dica pra quem ainda não saiu do lugar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Página - Facebook / Canal Youtube



Se você acompanha meu trabalho aqui no blog e não esta sabendo da novidade, não se preocupe, eu a trouxe até aqui para apresenta-la a você.

A Página Equilíbrio no facebook. Tem o intuito de divulgar não só apenas as postagens do blog, mas também compartilhar outros trabalhos meus relacionados a parkour, educação física, dicas de saúde, treinos, vídeos e artigos.

Se você acompanha o blog não deixe de acompanhar a página também pra ter acesso a mais conteúdo de qualidade. 
O espaço lá [assim como aqui] é aberto para cometar/criticar/sugerir. Portanto sinta-se em casa para expressar sua opinião seja ela contraria ou à favor. 



Já aproveitando o bonde, deixo aqui o link para o Meu canal no youtube. Vídeos simples dos meus treinos, reflexões e aprendizados. Se inscreva e acompanhe.


Então CURTA, COMENTE E COMPARTILHE !!!!
E acompanhe em todas mídias.



Links: 


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Crédito da Logo Equilíbrio: Éverton F. Rosa. (Aluno PkGen Outdoor). Obrigado!

domingo, 23 de agosto de 2015

Partodos 4 - Uma pequena análise do Parkour atual


Pra quem não sabe, partodos é um encontro mais nacional que regional de parkour que acontece em Brasília desde 2012. Eu sou um dos fundadores do evento e produtor do mesmo até então.

O Partodos nasceu de algo já existente, mas que partilhava alguns objetivos em comum: Reunir o máximo de praticantes para treinar, aprender e ensinar, compartilhar experiências, se divertir, fazer novos amigos e se desafiar.

Começando do Começo...



Relações Interpessoais



É nostálgico olhar para trás, onde poucas pessoas se conheciam, mas existia um sentimento. Um anseio por estar envolvido com o máximo de pessoas possíveis e hoje, tantos encontros já se passaram e você já conhece praticamente metade do Brasil, quase não se importa em ir atrás de novos amigos ou estar com desconhecidos. Você já conhece o suficiente e se, por ventura, acabar trocando ideia com mais alguns está tudo bem. 

Talvez um fator que influencie essa "cultura de isolamento" seja o número de participantes que cresce a cada ano. Já não da mais para falar e treinar com todo mundo como nos primeiros anos, então nos restringimos a nossa "Panelinha" de amigos e conhecidos próximos para aproveitar o máximo com eles. 

É um fato que temos poucas oportunidades de treinar com aquele amigo de outro estado e estamos ansiosos pra revê-lo, sugar o máximo dele (ou do grupo de amigos), e acabamos negligenciando outros praticantes que ainda não conhecemos inconsciente ou até conscientemente. Mas não é errado escolher com quem treinar. Você não é obrigado a treinar com todos. Mas é de grande proveito treinar com pessoas diferentes, sempre da para aprender mais.

Nós nos sentimos bem estando ao lado de amigos e conhecidos, mas uma das coisas que me chama atenção, e chega até ser engraçado, é que cada grupo de cada região, mesmo estando entrosado com outros, se mantêm juntos. Ou seja, todos terão praticamente as mesmas experiências. 

Exemplo: o grupo que veio de outro estado, mesmo ao se misturar com outros praticantes, permanece unido (o que também não tem nada de errado). Se você treina com seu amigo durante o ano todo, você pode muito bem deixa-lo de lado por algumas horas e ir ter suas experiências desapegadas da sua “cultura/região”. Você absorvendo a cultura de outras regiões e seu amigo fazendo o mesmo do outro lado, a troca de conhecimento na volta para casa será muito maior, acredite! Cada um terá vivências únicas e o aprendizado em dobro.

Se não conseguiu fazer isso durante o treino, que tal na hora do famoso bomba ? Agora elefante burguer, ou aquele açaí mágico? Sente-se na outra ponta, com gente que você não conhece, e descubra tudo sobre o parkour na região dessas pessoas. Como são os treinos, o que eles fazem pra ficarem fortes, etc.




- Qual o limite do parkour? 

"Não vamos colocar um limite, vamos deixar o limite aberto, e quando atingirmos o limite, dobramos o limite."

Agora o bixo pega.



Quem é da época que assistia Valts 103 e ficava impressionado? Alguns daqueles movimentos ainda são impressionantes pra mim, acredite. Acontece que de 2007 pra cá, os valts se multiplicaram assustadoramente, bem como suas variações e dificuldade. No fim das contas tudo acaba em giro.

Mas o destaque desse tópico é a expansão do limite ou a falta dele. Outros esportes e atividades conseguem se definir e se limitar a um padrão de movimentos/técnicas mas o parkour é livre, ilimitado, infinito. E isso não é ruim, pelo contrario. A cada dia surge uma nova técnica, uma nova forma de fazer a antiga e outra forma de passar o mesmo obstáculo. Isso faz do parkour incrível, pois você nunca vai fazer tudo, sempre terá algum desafio, é impossível zerar o parkour!

Dentro desse avanço vemos nos vídeos, presenciamos em alguns treinos e no partodos, movimentos absurdos e complicados, alguns com mais risco que outros (mas claro que quem o faz está 100% confiante que consegue, ou pelo menos deveria). Dividindo o parkour em dois extremos, ou você se destaca, faz os movimentos impressionantes e entra pro clube, ou você faz o básico, mesmo que com excelência e em alguns momentos com grandes níveis de dificuldade, mas fica de lado com os iniciantes ou os espectadores.  Por que atualmente, seja no youtube ou no treino, o que da "audiência" são os movimentos da moda, com estilo, e não mais com simplicidade e funcionalidade.

Pra mim, se há como evoluir, vamos buscar evoluir. Mas também sou à favor da moderação, do foco, estabilidade e segurança. Como assim? Simples, você já deve ter ouvido por ai: "Tudo posso, mas nem tudo me convêm”. Antes de mandar sua bomb se pergunte o porquê de mandar, qual o objetivo e funcionalidade isso terá, avalie o que você já tem (Suas habilidades) e se elas estão refinadas ao ponto de você introduzir no seu repertório algo novo, que fará você por algum tempo perder o foco no básico, e reflita sobre as vantagens e as desvantagens e se os riscos valerão a pena. Pescoço não se vende na farmácia, meu pai sempre fala. 





"Go hard or go home" - Vá com tudo ou vá pra casa. 


"voa pra casa bochecha, eu trabalho sozinho" 


Ainda falando da divisão "Sou foda x Ainda não manjo dos paranauês". As vezes eu me pergunto se fazer uma fila pra mandar giros ou um flow que acaba em giro, visando a estética e a inovação, faz parte do progresso ou voltamos no tempo, para época "Le parkour freestyle". É divertido sim, é prazeroso por estarmos cercados de amigos, mas o que aconteceu com a fila pra fazer um kong? O kong simples mesmo sem ser double ou com precisão? E aquela precisão que o objetivo é não fazer barulho ou cravar apenas. Ou então por quê a fila não interage com os espectadores (Os iniciantes ou os que ainda não fazem o tal movimento) ?  Nessas situações uma frase que ninguém disse paira no ar: "Ou manda alguma coisa ou me assiste fazendo." 


[pausa pra digerir]




Diga Sim ao treino Guiado




Cara, que resistência que os praticantes com mais tempo de treino tem com oficinas/treino guiado. Fico de cara! Passamos horas planejando algo que vá conseguir envolver iniciantes, intermediários e avançados de modo que todos sejam desafiados em seu nível, mas os avançados emperram e vão pra fila do mortal. Eu penso que esses caras já treinaram parkour de mais na vida e até já zeraram tudo que tinha pra fazer. 

A cena mais engraçada desse partodos foi quando refleti isso e falei com um praticante: "Vocês (Grupo específico) passaram ontem o dia no pico do cachorro, o pico mais animal [sacou? rs] pra se movimentar e ficaram girando, hoje cedo fomos pra 308 Sul, onde a movimentação também é infinita e vocês ficaram girando, agora que estamos no areião do parque da cidade, com uma estrutura própria pra vocês alucinarem nos giros, vocês estão ai sentados? Serio?" Ele riu mas teve de concordar, foram burros. 

Treino guiado nem sempre é chato, depende do objetivo e no partodos o objetivo é tanto ensinar quanto se divertir. Então eu encorajo você, seja lá qual seu nível técnico, sempre que puder participar de uma aula/treino guiado/oficina, participe! Mesmo quando é chata, você sai de lá com algo a mais, ou mais forte e/ou com mais conhecimento técnico.




Tradicional, Educativo ou Jam ?



Hoje já temos no mundo inteiro eventos distintos para atrair e agradar públicos diferentes.

Na minha visão, pelas experiências que já tive, eu os divido nessas três categorias: Encontros tradicionais, são  os que mantem a essência dos primeiros encontros, treinos livres e guiados, muita troca de experiência em conversas e geralmente nenhum grande atrativo, é apenas um encontro com o intuito de por em prática os objetivos citados no início.
Os educativos são em grande parte voltados para iniciantes. Oficinas, workshop, palestras, cursos, etc. Mas que também conseguem integrar praticantes já experientes ensinando-lhes algo novo ou dando maior dificuldade ao básico. E as Jams são eventos mais festivos, mais livres talvez, onde geralmente tem algo a mais, como uma superestrutura e/ou musicas animadas tocando. 
Pode acontecer de encontrarmos essas três características em um só evento, como é o caso do ParTodos, e fazemos assim para que cada um se sinta confortável para aproveitar o evento da maneira que mais lhe agrada tendo a oportunidade de experimentar outra esfera.

Ou talvez eu esteja exagerando e os eventos se dividem apenas em Bom e Ruim.




Recapitulando os pontos:
  1. Relações interpessoais
  2. Qual o limite do Parkour?
  3. Vá com tudo ou vá pra casa
  4. Diga sim ao treino guiado
  5. Tradicional, educativo ou jam?

Esses foram alguns pontos que estive refletindo antes, durante e depois do partodos, mas que engloba o parkour de modo geral e não só encontro. 



Mas e você? Ja havia parado pra pensar nessas coisas? O que acha disso tudo?
Exponha sua opinião, seja ela contrária ou a favor e acrescente algum ponto que você observou no Partodos ou em outro encontro/treino.